Aplicativos móveis empresariais aumentam a produtividade ao permitirem que os funcionários, clientes e parceiros possam completar tarefas e avançar em processos a qualquer hora, em qualquer lugar. No entanto, desenvolver essas aplicações requer uma mentalidade nova, já que são muito diferentes daqueles desenvolvidos para desktop. Uma das principais diferenças está na experiência de uso.
Tendo isto em mente, a Magic Software promoveu um debate recentemente com diversos especialistas em dispositivos móveis do mundo todo, com o objetivo de descobrirem as características de uma boa experiência de usuário para aplicações móveis corporativas. A discussão também explorou as diferenças entre interface e experiência de usuário e a importância proporcional entre a questão visual e a performance.
Entre os participantes estavam um Analista Sênior e blogueiro móvel, CEO de uma premiada agência de design, um consultor de experiência de usuário e usabilidade, além do Gerente Geral da Magic Nórdica e Britânica.
Apesar da variedade de diferentes backgrounds e experiências entre os participantes, havia um consenso em relação às principais características de um aplicativo móvel de sucesso.
Invista no Mobile para Agregar Valor
Aplicativos móveis devem ser muito mais do que aplicações para o desktop simplificadas. Valor agregado é essencial para conquistar os usuários.
De acordo com Benny Oberlender, Vice President na consultoria de Design e UX Puzzlehead, a lista dos principais fatores na criação de uma boa experiência de usuário para aplicações empresariais móveis inclui entender o contexto de uso e aproveitar os recursos técnicos do dispositivo móvel – mapas, GPS, câmera, ligações telefônicas, entre outros. Mas além disso, ele adiciona: “Além de ser simples, fácil e divertido de usar, o aplicativo precisa antecipar minhas necessidades e agregar valor de maneiras inesperadas.”
Kevin Benedict, blogueiro móvel e Analista Sênior de Transformação Digital na Cognizant, desenvolveu: “Minha experiência também pode ser impactada por quão contextualizada é a aplicação em relação ao meu Código Halo (dados pessoais, papéis responsabilidades, tarefas designadas, etc). Mais do que esperar por um pedido, quero que o aplicativo preveja minhas necessidades baseado em seu entendimento sobre mim.”
Desempenho é Crítico
Aqui, a discussão veio da questão sobre ser mais importante para um aplicativo móvel empresarial ser bonito ou ter boa performance. Todos concordaram que ele precisa ser esteticamente agradável – mas enquanto alguns disseram que as duas coisas eram igualmente importante, outros disseram que o desempenho tinha de fato uma importância maior.
“O design visual do aplicativo afeta o nível de confiança no sistema e aumenta o grau de prazer dos usuários ao longo do tempo. Mas com o objetivo de prevenir frustrações do usuário, é importante ter uma aplicação que tenha um desempenho bom e responsivo, funcione offline e esteja sempre disponível para o usuário.” explicou Benny Oberlender.
“Aplicativos móveis não serão usados se eles se desconectarem freqüentemente ou falharam em lidar com conflitos de sessão,” adicionou David Akka, Diretor Gerente da Magic.
Resumindo tudo isso, Idit Mishan, CEO na premiada agência de design Dogma and Yangrin disse: “Ou você cria uma aplicação que funcione corretamente E seja bonita, ou você não a desenvolve.”
Uso Intuitivo dos Recursos do Dispositivo É Indispensável
Enquanto todos concordaram que aplicativos móveis empresariais precisam ser simples e fáceis de usar, a questão foi levantada quanto à importância de usar recursos e clientes nativos do dispositivo para criar uma experiência familiar para o usuário. Enquanto a resposta natural é favorável a usar clientes nativos com tecnologias de desenvolvimento nativas, existem maneiras mais flexíveis e econômicas de atingir tais objetivos, usando desenvolvimento HTML5 e ferramentas de desenvolvimento multi-plataforma.
David Akka explicou: “É tudo sobre a familiaridade. O SO e o dispositivo tem suas próprias convenções e quebrá-las dá ao usuário uma sensação estranha. Quanto melhor um aplicativo se encaixar nas regras de uso esperadas pelo usuário, menor será a curva de aprendizado e maior será a sua adoção.”
Idit Mishan adicionou: “Não posso dizer que é obrigatório utilizar clientes nativos; há empresas que inovam e criam novos padrões de uso. Mas algumas vezes, é uma boa decisão seguir uma estrutura já utilizada (…) e usar elementos nativos para uma melhor experiência do usuário e maior chance de um aplicativo de sucesso.”
Kevin Benedict ressaltou a necessidade de incluir custos nesta equação: “O valor agregado ao desenvolver em um ambiente nativo em relação ao HTML5 deve ser considerado em relação ao custo total de desenvolver o mesmo aplicativo em um ambiente nativo para três sistemas operacionais diferentes.”
David Akka apontou rapidamente que não é um cenário em que apenas uma opção seja possível. “Ferramentas como a plataforma de aplicação multi-canal da Magic torna mais econômico criar e manter aplicações nativas, assim como aplicação HTML5 híbridas.”
Questões de Integração
Integração com sistemas back-office não devem vir como reflexões tardias. Aplicações empresariais dizem respeito a avançar em processos de negócios, mas eles requerem integração com sistemas backend. As interações com estes sistemas, seja com transações em tempo real, visualização de dados e/ou sincronização de dados entre sistemas, é uma parte integral da experiência do usuário e precisa ser levada em consideração desde o princípio.
“Experiência do usuário inclui tudo que acontece por trás das câmeras: integração, confiabilidade, segurança e autenticação.” explicou David Akka.
“É importantíssimo considerar feeds de dados e consultas que são impactadas por sistemas e integrações backend.” comentou Kevin Benedict. “Todas as características tem uma influência importante no desempenho e contribuem para a experiência do usuário.”
Necessidade de um Forte ROI (Retorno Sobre Investimento)
Os ambientes dinâmicos móveis e de negócios significam que designers e desenvolvedores precisam rapidamente desenvolver muitas aplicações que precisarão de constantes atualizações. Custos de números, time-to-market, atualização e manutenção precisam constar no cálculo do retorno sobre o investimento.
“Um ROI positivo não pode ser alcançado com um pequeno número de usuários se muito tempo e dinheiro forem gastos com design,” comentou Kevin Benedict. “Você precisa entregar o melhor aplicativo móvel e a melhor experiência possíveis dado o número de usuários envolvidos.”
“Um ciclo de atualizações semanal ou quinzenal é o que se espera de aplicações móveis,” adicionou David Akka. “Organizações que não acompanhem esta frequência estão correndo o risco de serem considerados ultrapassados.”
Aplicativos que são considerados um sucessos agregam valor, utilizam os recursos do dispositivo familiares ao usuário, e podem responder rapidamente a processos de negócios e mudanças tecnológicas. Aplicativos móveis de sucesso não apenas alcançam um bom ROI, mas também garantem a fidelidade do usuário e um entusiasmo pelo valor agregado trazido pela TI.