RIA é para mim?

Manoel Frederico da Silva / Product Manager & MAGIC Evangelist / Magic Software Brasil

Dê uma olhada neste post do Glenn: (http://blog.magicsoftware.com.br/2011/03/10/ria-na-rede-local-porque-nao/ )

Às vezes, pode ficar a impressão que RIA, SaaS ou Cloud são coisas que não fazem parte do nosso futuro imediato, e que não devemos consumir “esforço” com isso agora. Mais para frente pensaremos nisso, conforme  o andar da carruagem.

Mas há algumas coisas importantes que precisam ser bem compreendidas, para que as decisões sejam bem embasadas:

1. Cloud: Significa interNet (você já sabe disso). Mas o importante é saber também que significa usar uma solução que está disponível em outra máquina, acessada remotamente. E que esta máquina pode estar bem ali do lado. Pode ser o servidor da rede. Ou um servidor alugado em DataCenter, só para nós (ou para o cliente). Não há obrigatoriedade de colocar aplicações e dados na rede global, se não quisermos. É o que alguns chamam de “nuvem privada”.

2. SaaS: SaaS e RIA são coisas bem distintas. O conceito RIA facilita a entrada na plataforma SaaS, mas não é uma coisa vinculada a ela. Posso entrar na plataforma SaaS sem querer o RIA (usando web 1.0 ou 2.0 por exemplo), e também posso entrar no conceito de desenvolvimento RIA sem ter de entrar na plataforma SaaS. É importante ter isto bem claro, para que a aversão a uma coisa não bloqueie a outra na carona.

3. RIA: RIA é a evolução dos sistemas WEB. Ela permite acessar uma aplicação remotamente (via web, protocolo HTTP), mas o resultado (interface) é muito superior a uma página dentro de um webBrowser. É uma interface web “rica” em recursos.

Por isso, considere o seguinte:

  • Não quero/preciso ir para a Web agora
  • Meu clientes não querem colocar aplicação e dados fora da rede deles
  • Minha estrutura atual, DeskTop/OpenClient + Servidor de Dados + Servidor de Rede me atende perfeitamente.

Ainda assim, eu ganharia no mínimo três coisas muito importantes portando minha aplicação Magic/eDeveloper/UniPaaS para o RIA UniPaaS:

1. Instalação, Administração e Acesso Centralizado: Só preciso atualizar uma máquina (o servidor) e todos os usuários ficam atualizados. Parece a mesma coisa que ter o RunTime + CTL na rede, mas não é. No modelo tradicional (DeskTop/OpenClient), acessando o UniPaaS + Aplicação de uma pasta compartilhada, todo o UniPaaS (.exe + .dll) + toda a aplicação precisa trafegar pela rede até a máquina do usuário para ser executada na memória da estação dele. E em servidores TS, cada novo usuário conectado duplica os recursos alocados. No RIA não é assim. Apenas um pequeno módulo de ~2MB é descarregado do servidor, um vez apenas, e a partir daí apenas as informações realmente necessárias (programas e blocos de dados) trafegam pela rede (estação <–> servidor).

2. Desenvolvimento 3 Camadas: Finalmente, poder ter uma divisão clara de tarefas, divididas entre as estações e o servidor. No modelo tradicional (DeskTop/OpenClient), todos os dados envolvidos numa tarefa/programa precisam trafegar até a estação do usuário, para lá ser processado e depois, viajar de novo até o servidor de dados para ser atualizado. No RIA UniPaaS, todas as rotinas “Batch” e leitura/gravação de dados é feita no servidor (onde roda o UniPaaS AppServer), e a estação recebe apenas blocos de dados para apresentar, e devolve blocos de dados que precisam ser atualizados. As estações RIA por exemplo, não consomem usuários de banco. Elas nunca acessam o banco de dados (criam conexão com eles).

3. Custo: Não gosto de tratar destes pormenores, mas tenho ouvido que o custo de um usuário RIA é financeiramente mais vantajoso que o de um usuário OpenClient (para quem compra). Então, custo de licenças não é o grande empecilho como poderia ser no caso das licenças Enterprise Server, necessárias para montar uma solução distribuída UniPaaS tradicional.

O intuito deste post não é fazer um “comercial de venda” do RIA/UniPaaS, mas sim fornecer algumas informações úteis para ajudar a decidir melhor. A opção de não querer o RIA/UniPaaS é sua, e sempre será respeitada. Mas que não seja por algum mal-entendido a respeito do produto ou conceito.

E para finalizar, não posso deixar de dizer: é MUITO FÁCIL portar uma solução UniPaaS Desktop/OpenClient para UniPaaS RIA.

Bom trabalho a todos!

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