O crescimento da nuvem traz desafios de integração de ERPs

O mercado de gestão empresarial (ERP) na nuvem vem crescendo em todo o mundo e isso não é surpresa, considerando todas as vantagens que ele oferece.

Os sistemas ERP na nuvem permitem que as empresas reduzam os custos iniciais de desenvolvimento, escalem sistemas com facilidade e reduzam o tempo de implantação. Isso é benéfico principalmente para pequenas e médias empresas que não possuem recursos internos de TI.

Os serviços de suporte também são minimizados, pois o fornecedor da nuvem lida com atualizações e upgrades constantes, principalmente no Brasil, onde as obrigações fiscais variam de estado para estado e sofrem muitas modificações, e o modelo de ERP em cloud facilita muito a localização ou a transferência de dados para outro país.

Existem várias opções para configurações de nuvem do ERP

As empresas podem executar seu ERP em modelos públicos como serviço (SaaS) ou como instalações de ERP autogerenciadas privadas na nuvem, ou – também – em um modelo híbrido de computação em nuvem no qual os principais processos de ERP ficam em cloud, enquanto outras sejam estão hospedadas no próprio data center da empresa.

As configurações de nuvem híbrida fornecem um alto grau de flexibilidade, mas também um nível adicional de complexidade para integração de dados.

Qual escolher? Nuvem pública, privada ou on-premise?

As nuvens híbridas oferecem variedade para que as empresas possam escolher quais aspectos de seus negócios se adequam melhor em uma nuvem pública ou privada versus uma on-premise.
Além disso, se os usuários quiserem escalar os requisitos de computação da nuvem privada para a nuvem pública, eles poderão alternar recursos rapidamente – também conhecidos como “estouro de nuvem”.

As nuvens públicas fornecem serviços em uma rede que é compartilhada por outras empresas de forma multi-locatária, tornando o serviço mais econômico e aproveitando investimentos em tecnologia avançada de gigantes como Amazon, Microsoft, Oracle e Salesforce.

A escalabilidade de nuvens públicas, pagas conforme o uso, é ideal para o tráfego pesado ou imprevisível, e quando há a necessidade de implementar um único conjunto de processos operacionais e administrativos em todo o mundo, em vários locais ou subsidiárias de uma grande corporação multinacional.

Apesar das vantagens, uma pesquisa europeia, encomendada pela empresa de serviços gerenciados Easynet, revelou que apenas 11% dos entrevistados estavam usando nuvens públicas e uma das principais preocupações desta turma é o possível acesso do governo dos EUA aos dados das empresas europeias, seguindo o US Patriot Act.

Os serviços de nuvem privada são mantidos em uma rede particular protegida por um firewall. A segurança aprimorada e o controle final com mais visibilidade de dados ajudam as organizações a atender às regulamentações de segurança de dados em vários segmentos, tais como as organizações financeiras e de saúde.

Se uma nuvem privada hospedada externamente fornece as vantagens de custo de serviços hospedados com mais privacidade do que nuvens públicas, uma nuvem híbrida também pode envolver sistemas ERP on-premise e integração com aplicativos de terceiros baseados em nuvem.

O modelo híbrido de ERP de duas camadas, no qual as empresas executam mais de um sistema ERP, muitas vezes um principal na matriz e serviços adicionais de ERP na nuvem nas subsidiárias, é popular entre muitos clientes de fornecedores de ERP em nuvem.

O desafio da integração

Todos esses diferentes modelos de computação em nuvem, combinados com soluções locais, criam confusão sobre onde a integração deve residir. O “melhor” modelo de implantação para hoje pode não ser o melhor modelo em alguns anos ou mesmo alguns meses.

Além disso, sistemas baseados em nuvem podem ser adquiridos em contratos de curto prazo e frequentemente trocados de um modelo para outro. Por exemplo, sistemas ERP atualmente alojados em nuvens privadas podem migrar para nuvens públicas devido à funcionalidade e segurança aprimoradas e custos operacionais mais baixos.

Existe também a possibilidade de ter uma configuração diferente para cada fornecedor. Uma empresa pode executar o SAP ECC HANA em sua nuvem privada, o JD Edwards na nuvem privada da Oracle, e o aplicativo Salesforce.com SaaS separado em uma nuvem pública que se integra a ambos os ambientes ERP.

O desafio é encontrar uma maneira de gerenciar todos os diferentes fluxos de dados dentro e fora de nuvens públicas e privadas e em soluções locais. As empresas podem alcançar suas metas de nuvem híbrida ao contratarem integradores de sistemas e/ou adotarem – elas mesmas – as ferramentas de integração de terceiros que possam permitam realizar este trabalho.

As ferramentas de integração de terceiros trazem a vantagem de se perder alcançar o equilíbrio certo entre agilidade e controle, com a capacidade de gerenciar todos os dados do ERP de maneira consistente e eficiente.

Com toda a flexibilidade e benefícios financeiros da oferta de configuração híbrida de ERP em nuvem, essa parece ser a abordagem mais prática e popular.

Mas, seja qual for a configuração de ERP que uma organização escolher, é necessário planejar a adequadamente a maneira de se enfrentar novos desafios de integração para que se possa alcançar os resultados que precisam.

As plataformas de integração fornecem a agilidade que as empresas precisam para gerenciar dados e a complexidade dos processos de negócios, como foco no atendimento das necessidades atuais e futuras de computação em nuvem.

 

Stephan Romeder – Vice President Global Business Development – Magic Software Enterprises

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *