André Renato Ramos – Gerente de Negócios e Canais – Magic Software Brasil
Neste mês de Abril, o Gartner realizou o evento Enterprise Integration Summit, onde mais uma vez a gigante das análises de mercado de TI tenta prever quais tecnologias serão requisitadas pelas empresas nos próximos anos. Entre elas certamente o Cloud-Computing ou Computação nas Nuvens está na boca do povo, que segundo a previsão do Gartner, sairá da singela fatia de US$ 50 Milhões de investimento mundial atualmente para US$ 5 Bilhões até 2016.
“Bem, não sei se passou pela sua cabeça, mas a pergunta que não quer calar é:”– Qual é a minha parte nesta bolada?”E tem razão! As empresas sempre sonharam com a possibilidade de adquirir aplicações de ponta, aliado a baixo custo de propriedade e você pode ser o fornecedor!
Mas antes de sair por aí fazendo festa e comprando uma Ferrari por conta, vale dizer que os custos envolvidos podem ser altíssimos se não houver um bom planejamento de quais tecnologias irão lhe apoiar no desenvolvimento das suas aplicações e certas questões devem ser muito bem analisadas:
RIA what?!?
Se você não conhece e nunca viu mais gordo, a coisa está feia! Rich Internet Application é de longe o conceito computacional mais bem sacado da última década, unindo toda a riqueza de interface das aplicações cliente/servidor com a facilidade de uma implantação web/browser e que, aliás, é independente dele! Em uma única instalação, todos estarão acessando suas aplicações, seja local ou mobile, respeitando as regras de negócio, direitos, atualizações e o que mais for necessário para garantir a satisfação do seu cliente.
Alô, alô marciano…
Se é conversando que a gente se entende, a comunicação é fundamental no mundo de soluções corporativas. No conceito RIA uma boa parte das ferramentas não dispõe de comunicação nativa entre as camadas da aplicação, sendo a parte cliente separada da parte servidor.
O resultado? Uma tremenda dor de cabeça para desenvolver a camada de comunicação entre as duas partes, consumindo um mar de horas e por que não dizer, um oceano de lágrimas!
Efeito “Coco Chanel”
Sejamos claros: Você quer subir no palco pra dar show ou desenvolver uma aplicação para atender negócios? Se escolheu a segunda opção, livre-se da idéia de buscar ferramentas “pirotécnicas” e procure as que são apropriadas para desenvolver aplicações de negócio, pois afinal, é o seu bolso que vai financiar esta empreitada e mesmo que o retorno seja astronômico, leva tempo.
Mais capitalizado, menos enrascado!
O garoto da bola
Todos nós conhecemos a fábula do menino rico que se recusa a emprestar a bola e acaba sozinho, sentado nela e segurando o queixo. É exatamente o que vai acontecer nos próximos anos com tecnologias fechadas. Navegar é preciso e nos relacionar com outras tecnologias também!
Procurem ferramentas essencialmente de padrão aberto e que permitam compor sua aplicação com o que há de melhor em cada tecnologia. Afinal de contas, nenhuma pergunta tem caído mais em desuso nos últimos tempos que “- No quê isso aí é desenvolvido mesmo?”
Run Forrest! Run!!
Quem disse que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar? A sua empresa fez o 1º sistema de gestão? E que tal fazer o 1º sistema de gestão no conceito RIA!!
Mas como diz a propaganda das Casas Bahia, a oferta é só nesta quarta! Ninguém lembra do segundo, mas do primeiro… Então meu amigo, é de produtividade que você precisa e plataformas de desenvolvimento no conceito Rapid Application Development (RAD) são excelentes para reduzir o tempo, quantidade de pessoas no projeto e por conseqüência, custo final da solução.
Afinal de contas, quem quer chegar rápido nas nuvens, precisa de um foguete!
E lembre-se: Seus clientes precisam alcançar resultados e estes só acontecerão se você entender do negócio deles e traduzir estas vantagens para sua aplicação. Tenha foco no benefício e lucro que você está oferecendo.
Sucesso e bons negócios!