O smartphone modular do Google, Projeto Ara, parece já ser uma realidade e
pode estar à venda no início do próximo ano. Ele abre a possibilidade de celulares funcionarem como Lego, em que você pode simplesmente mudar as configurações do seu aparelho de maneira rápida e fácil para satisfazer suas necessidades em determinados momentos.
Enquanto isto oferece claramente a customização e personalização desejada por muitos consumidores comuns, acredito que esta flexibilidade pode tornar o Ara muito popular também entre usuários de negócios.
O que é Ara?
O que ele oferece é a possibilidade de empresas fornecerem smartphones que possam ser personalizados e customizados segundo as necessidades de cada usuário, que sejam de fácil atualização e ainda não corram o risco de atrapalhar a produtividade no caso de algo dar errado. Se seus usuários possuem iPhones por exemplo, substituir uma tela quebrada pode levar até duas semanas, enquanto com o Ara, tudo o que a equipe de TI precisaria fazer é conectar os módulos em um novo esqueleto e ele continuaria trabalhando enquanto a tela original é consertada.
Hoje, abastecer usuários com os smartphones ou tablets de primeira linha que eles precisam para serem produtivos remotamente, custa mais do que os laptops que utilizam na empresa, dos quais eles ainda precisam, já que muitas tarefas de trabalho ainda não estão integradas e otimizadas para dispositivos móveis. Sustentar a vasta gama de necessidades dos usuários com aparelhos de diferentes tamanhos, como por exemplo, telas grandes para vendedores ou baterias mais potentes para serviços de campo, torna-se muito caro. Smartphones hoje ainda são dispositivos para consumidores finais, que estão sendo readaptados para o trabalho, e enquanto seus custos podem ser aceitáveis para um usuário comum, ainda são um problema para o TI corporativo.
Com o Ara, departamentos de TI poderiam economizar em aquisição e suporte, pois certos módulos seriam padronizados e mudar as funcionalidades de um aparelho teria, proporcionalmente, um baixo custo. Também vale lembrar que apesar do Ara de hoje parecer grosso e esquisito em comparação aos cada vez mais impecáveis celulares de primeira linha que os usuários procuram, este ainda é um protótipo e se tornará mais atraente a cada novo lançamento.
O Ara e BYOD
Desde que iPhones e iPads começaram a fazer com que gerentes sênior entrassem orgulhosamente nos escritórios com seus novos brinquedos exigindo acesso a dados corporativos neles, o BYOD tem obrigado as empresas a repensarem como lidar com segurança de informação e acesso a aplicações e dados corporativos.
Naturalmente, as medidas tomadas costumam variar desde o “absolutamente proibido” ao “você precisa trazer seu próprio equipamento” e todas as estratégias imagináveis no meio disso, e em muitos casos, as restrições existem por causa do próprio ambiente regulamentar do negócio, portanto a estratégia de um, nunca funcionará para todos.
Uma das maiores preocupações das empresas em relação a dispositivos móveis e, especialmente em relação ao BYOD, é a segurança dos dados. De uma perspectiva de segurança de TI, o mundo, antes da mobilidade, permitia que os equipamentos permanecessem seguros por trás de firewalls, rodando imagens padronizadas e completamente bloqueados.
Em termos de mobilidade empresarial, isto significa ficar sem aplicativos, sem email, sem acesso a sistemas importantes como ERPs e CRMs, além de tudo precisar ficar seguro por senhas que são difíceis de lembrar e difíceis de digitar em uma tela sensível ao toque.
Felizmente, a demanda pelo BYOD significa que agora temos soluções de segurança móvel como Soti e Letmobile que garantem o acesso seguro a dados corporativos sem afetar a experiência do usuário em geral. Mobilidade empresarial e a adoção de serviços na nuvem combinam perfeitamente, já que a possibilidade de acessar sistemas corporativos através de um simples login permitiu aos usuários não ficarem presos a um único aparelho corporativo. No entanto, todos estes sistemas inteligentes apenas atenuam os desafios com segurança.
Dados corporativos precisam ficar seguros sobre diversas camadas: a do aparelho, dos aplicativos e dos usuários. Estes seriam verificados por autenticação, usando senhas e os cada vez mais populares sistemas biométricos; as aplicações podem ser aprovadas pela empresa seguindo habilitações de segurança para garantir que fazem o que prometem; e os dispositivos podem ser criptografados. Com Ara, alguns dos desafios de tornar seguro o acesso a aplicações corporativas podem ser controlados permitindo que os usuários removam fisicamente os dados e aplicações corporativas de seus aparelhos, quando necessário, por exemplo, ao viajar para outros países.
O Ara ainda está em seu início, mas parece que este novo conceito de celular pode se tornar muito popular, tanto com consumidores finais, quanto com empresas, funcionando como uma solução para os problemas do BYOD.