Sam Green – The Creative and Content Manager at Magic Software
Tive recentemente, a oportunidade de entrevistar Eyal Pfeifel, CTO da Magic Software e perguntá-lo sobre sua opinião à respeito das inúmeras tendências tecnológicas na qual a empresa está trabalhando no momento, incluindo Rich Internet Applications (RIA), desenvolvimento de aplicações empresariais móveis e todo o fenômeno do Cloud Computing. Veja abaixo a entrevista completa:
SG: Nossas plataformas são conhecidas por serem muito mais “prontas para os negócios” do que dependentes de codificação complexa. Você poderia nos detalhar esse aspecto?
EP: Quando desenhamos o uniPaaS, nossa principal meta era torná-lo eficiente e simplificar o processo de desenvolvimento de aplicações de negócios. Sempre que consideramos adotar ou desenvolver novas capacidades, enfatizamos na facilidade de uso e não necessariamente em um número exaustivo de funções. No final do dia, o desenvolvedor percebe uma experiência mais produtiva que é resultado desse nosso foco.
SG: Defina as principais vantagens das Rich Internet Applications (RIA).
EP: Durante anos, departamentos de TI e ISV’s vêm procurando por tecnologias que não requeiram manutenções futuras, mas que ainda assim, sejam poderosas e interativas. O principal sucesso por trás do browser foi sua habilidade de disponibilizar aplicações para qualquer desktop sem solicitar nenhuma instalação ou manutenção. No entanto, aplicações no browser são muito complicadas de desenvolver se você deseja atingir um alto nível de interatividade. É aí que o RIA preenche esta lacuna, oferecendo uma interface rica de alta interatividade, não requerendo nenhuma instalação ou administração.
SG: Quais são alguns dos desafios em construir efetivamente uma aplicação empresarial móvel?
EP: O principal desafio enfrentado pelos desenvolvedores hoje, é o grande número de plataformas de desenvolvimento móvel orientadas para os negócios. Cada plataforma móvel hoje, necessita de uma habilidade e de ferramentas de desenvolvimento completamente diferentes e o desenvolvedor precisa escolher entre focar em alguma ou aprender todas. Estes ambientes de desenvolvimento existentes são também comparáveis à primeira geração de plataformas de desenvolvimento para o desktop de uma década atrás, em termo de funcionalidade e simplicidade.
SG: Então como fazemos para contornar estas dificuldades hoje?
EP: Utilizando nossa plataforma uniPaaS é possível desenvolver ambas as aplicações móveis e de desktop usando um único ambiente de desenvolvimento e apenas um paradigma. O mesmo leque de habilidades que o desenvolvedor usa para construir aplicações para o desktop podem ser usados agora, também para criar aplicações móveis. O suporte do uniPaaS para plataformas móveis adicionais irá se expandir muito em um futuro próximo.
SG: Para que caminho você vê o mercado móvel se direcionando daqui pra frente?
EP: Nos próximos anos, veremos mais funcionalidade se movendo do escritório para o telefone celular, assim como migramos do telefone da empresa para números de telefone privados e de emails no nosso desktop para emails nos dispositivos móveis. Nós veremos agora também, habilidades adicionais das empresas migrando do desktop para os aparelhos móveis onde melhor forem aplicadas.
Algumas capacidades podem obviamente, permanecer no desktop, mas funções que requeiram interação e respostas individuais irão mover-se, assim como gerenciamento de tarefas, fluxo de trabalho, simples relatórios e coisas do tipo.
SG: Então, você vê todas as aplicações de TI movendo para as “nuvens” nos próximos anos?
EP: Acredito que a nuvem é uma plataforma muito importante e acredito que muitas soluções empresariais irão migrar para ambientes baseados em Cloud Computing nos próximos anos. No entanto, como condição para que esta tendência de concretize, é vital proporcionar opções locais para ambos os departamentos de TI e ISV’s, ao invés de se concentrar só em evitar preocupações com tecnologia. Qualquer vendedor buscando o sucesso no ambiente das nuvens seria um sábio se disponibilizar capacidades locais também.